Este trabalho apresenta uma aposta cultural desde a construção do pensamento religioso e a tradição deste pensamento frente à psicanálise. Constituir a religião à ilusão, como uma neurose obsessiva, para Freud, ou atribuí-la ao campo do gozo paternal, na impossibilidade e no caminho do real, para Lacan, não são contribuições para se basear uma reflexão sutil, pois é, ainda, necessário ressaltar o ´triunfo da religião´. Pensar a religião monoteísta e, sobretudo o cristianismo como ferramenta de análise, mostra-se necessário, e para isto utiliza-se o pensamento analítico do Filósofo Luc Ferry, que comentando a psicanálise, localiza-nos em uma era da ´humanização do divino´, onde a construção de um representante paterno insuficiente torna-se a marca para afirmar que o discurso do triunfo, atualmente, mostra-se insignificante, e a religião torna-se nada mais do que uma aposta a uma simples fé (símbolo).