Há uma percepção acerca da “insensibilidade” contemporânea pertinente aos resultados das tragédias bélicas, por exemplo. Todavia, ao que tudo indica, ela diz respeito a um tipo de resposta defensivamente progressiva de adaptação evolutiva frente às sobrecarregadas e contínuas pressões do ambiente estimulantemente hostil -- são funções primevas do cérebro automático --, e a modulação dos dois eixos: Sensibilidade afectiva-Frieza afectiva e Egoísmo-Altruísmo (de funcionalidades específicas interligadas), necessita de ajuste por força da constante pressão desreguladora, cuja intervenção sugerida é o investimento no autoconhecimento, um ajuste fino capaz de alcançar, pouco a pouco, consciência dos limites e alcances próprios, permitindo uma melhor autopercepção interativa com o meio e a continuidade oportuna do seu desenvolvimento. Trata-se, pois, de um imperativo biológico enraizado nas informações genéticas, a refletir de modo universal, em graus que oscilam com frequência, na tentativa permanente de ajuste.