O ser humano influencia e é influenciado por diversas esferas, a exemplo, o meio social, econômico, subjetivo, sistêmico, entre outros. As famílias se constituem enquanto grupo primário de inserção social do sujeito. No cenário da dependência química, a família é o primeiro e principal sistema afetado quando um sujeito nele se insere, acarretando em consequências prejudiciais para a saúde e as relações dentre os membros. O presente artigo pretende descrever a importância da participação familiar neste contexto, a partir de revisão bibliográfica, e apresentar os cenários das relações familiares antes e depois deste fenômeno, realizando para tal uma leitura crítica e interpretativa do material encontrado sobre o tema. Os resultados apontam que a dinâmica relacional familiar afeta e é afetada, reciprocamente, pela dependência química, mas também que aquela pode ser um fator desencadeante para seu desenvolvimento. Ainda, foi percebido que os sentimentos experienciados por usuários e familiares são semelhantes ou iguais.