Este estudo propõe enfatizar a questão do autismo através de uma revisão histórica que possibilita compreender sua entrada no campo da psiquiatria. O aumento significativo de pacientes diagnósticados com autismo que, inicialmente, eram tratados como psicóticos evidencia a importância de destingui-los e não confundi-los. A clínica dos distúrbios graves na infância requer uma série de cuidados. Torna-se necessário assim, compreender, por meio de uma revisão teórica, a eliminação progressiva das categorias nosológicas psicóticas da criança e a inclusão dos autismos. Buscando compreender melhor o autismo emergem as seguintes perguntas: Quem é esse sujeito? Como ele se constitui? Partindo do pressuposto da Psicanálise e, mais precisamente, dos conceitos Lacan, desenvolvemos esse estudo em busca de tais respostas.