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Refletindo sobre o papel do psicólogo no atendimento ao deficiente mental: além do diagnóstico

1999



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Refletindo sobre o papel do psicólogo no atendimento ao deficiente mental: além do diagnóstico O atendimento aos portadores de deficiência

A atuação do psicólogo junto aos portadores de deficiência mental tem, tradicionalmente, se restringido a triagem e avaliação. Esta característica dificuldade do atendimento psicoterápico a esta clientela se deve a lacunas na formação acadêmica, que resultam em falácias conceituais como a aceitação da suposta "idade mental" como indicativo do grau de desenvolvimento e maturidade do indivíduo; o desconhecimento da diferenciação, em nível de funcionamento cognitivo e social, dos diversos graus de deficiência mental; e a subestimação da importância de fatores psicossociais sobre o nível de funcionamento e inserção social destas pessoas, independentemente de suas limitações orgânicas intrínsecas. Os portadores de deficiência mental sofrem a mesma problemática psicológica que os ditos "normais", agravada pela discriminação e rejeição social a que são submetidos. Porém, se lhes são dadas condições adequadas, mostram-se perfeitamente capazes de refletir sobre suas vidas e expressar seus sentimentos. O tratamento psicoterápico com o portador de deficiência mental pode ser decisivo para seu crescimento emocional e existencial, através da ampliação de seu repertório de comportamentos adaptativos e da conscientização de seus limites, assim como do desenvolvimento dos meios de superar e/ou aceitá-los. Para o terapeuta o trabalho com o deficiente, apesar das dificuldades emocionais e técnicas, se constitui em um desafio à sua criatividade e habilidade profissional.

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