O aumento da população idosa brasileira nas últimas décadas possibilitou o acesso frequente dos mesmos aos serviços de saúde pública. Tal fato permitiu uma melhora no atendimento a essas pessoas, através da criação de políticas públicas especializadas, dentre elas, a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), publicada por meio da Portaria nº 399/GM, de fevereiro de 2006, a qual esclarece “[...] às Diretrizes do Pacto pela Saúde que contempla o Pacto pela Vida. Neste documento, a saúde do idoso aparece como uma das seis prioridades pactuadas entre as três esferas de governo [...]” (BRASIL\ MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006, p.1). O objetivo deste estudo é identificar o conhecimento dos psicólogos sobre a Política Nacional de Humanização na Saúde e as suas ações frente ao atendimento ao idoso com dificuldade de comunicação em um Hospital Universitário em São Luís. A metodologia utilizada é qualitativa, descritiva e exploratória, tipo série de casos. Os participantes foram quatro psicólogos vinculados ao HU. Os dados foram obtidos através de questionário semiestruturado aplicados aos participantes, no período de setembro a novembro de 2011. Os resultados revelam que os participantes se interessam pela humanização na saúde e procuram informações sobre o assunto 33,4%, em pesquisas científicas, 33.3% na internet e 33.3% em cursos. Eles confirmaram que a assistência humanizada traz benefícios no atendimento às pessoas idosas com dificuldade de comunicação. Quanto aos tipos de dificuldades de comunicação apresentada pelos idosos atendidos pelos sujeitos pesquisados, foram apontados: surdez e dificuldade para ouvir 20%, afasia 20%, demência 10%, gagueira 10%, timidez 20%, outros (perdas dentárias, articulação) 20%. Com relação às intervenções que são priorizadas pelos psicólogos todos seguem o procedimento padrão, tentando adaptá-lo de acordo com a necessidade do paciente. Quanto ao que poderia ser feito para melhorar o atendimento aos idosos no serviço de Psicologia os participantes apontaram: Cursos 20%, intérprete (LIBRAS), 20%%, outros: Maior assistência os familiares, especialmente aos cuidadores, 40% e mais tempo para o atendimento 20%. O presente estudo abriu possibilidades para novos questionamentos e investigações, e apontou alguns elementos que infelizmente ainda são pouco evidenciados na literatura, a exemplo da temática da assistência humanizada à pessoa idosa com dificuldade de comunicação, a atuação do. psicólogo em contexto hospitalar e/ou ambulatorial.

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