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A interação social como mudança de cenário na sociedade de risco

2014
pastordarlan@gmail.com
Estudantes de Psicologia - Estácio do Ceará Campus Corpvs (Brasil)

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A interação social como mudança de cenário na sociedade de risco

Este artigo sugere uma reflexão teórica acerca da interação social como mudança de cenário na sociedade de risco. Conforme os teóricos Jodelet (1986) e Moscovici (1978), Vala (1993), Durkheim (1986), Bhaskar (1996), Rouanet (1996), Perrusi (1995), Alexander (1987), Motta P.R. (2001), Maffesoli (1985), Marx (1963), Beck (1999, 2000), Giddens (1994, 1997) e Barbero (2006) as representações do saber cotidiano são particularizações sobre comportamentos, formando a consciência social. Os fatos sociais envolvem o poder no comportamento dos membros da sociedade, pela socialização e internalização de valores, na formação social, numa constituição e elaboração psicológica e social da realidade nos processos de interação e mudança social, em intervenção social como projeção concreta cultural. Segundo os autores, o prazer, a consciência e o medo, estão relacionados a mudanças de valores, tomadas de decisão pessoais ou coletivas, que carecem de “filtragem” na imagem, idéia, discurso, prática criativa e no trabalho, como possível realização pessoal. Fisk J. (1990), Mattelart, A. & Mattelart, M. (1999), Beltran (1981), Simon (1979) e Robbins (2000), Goffman (apud Wolf, 2002), Santaella (1983), Penteado (1993), Berger e Luckmann (1985), Charlot (2000), Sarti (1996, 1999), Chaves, Cabral, Ramos, Lordelo & Mascarenhas (2002), Oliveira & Bastos (2000), Cole M. e Cole S. (2004) e Devries et al. (2004), Ferreira & Marturano (2002) e Lipovetsky (1989) buscam compreender a produção e elaboração de significados, multiplicidades de sentidos, num processo de interação e entendimento entre sociedade e indivíduos aonde a linguagem, significações simbólicas, processos de significação, ocorrem numa construção de significados no processo de interação social e de desenvolvimento das potencialidades, marcando a vida de cada indivíduo, aonde traduzem o mundo social, como novas formas de coexistência; a socialização envolve diversidade de interações pessoais, permite a construção de repertórios para lidar com adversidades e problemas surgidos, possibilitando direitos a serem socialmente reconhecidos, mediante superação de dificuldades. Wagner, Halpern & Bornholdt (1999), Piaget (1987), Szymanski (2001), Kreppner (2000), Médici (1961), Petzold (1996), Kancyper (1999), Campos (2000), Weiner (2000), Exner (2003), Vygotsky (2001, 2003), Bom Sucesso (2000) afirmam que as mudanças envolvem assimilação de esquemas de nuances distintos, interações e contextos diversificados, aonde a família é o sistema social responsável pela transmissão de valores, crenças, idéias e significados presentes nas sociedades, possuindo um impacto significativo e uma forte influência no comportamento dos indivíduos que aprendem as diferentes formas de existir, de ver o mundo e construir suas relações sociais pela construção dos laços afetivos; segundo os autores, as reações emocionais exercem uma influência essencial e absoluta em todas as formas de comportamento, onde o afeto é um ingrediente necessário para se sentir seguro e protegido, necessitando-se de estabelecer relações positivas no sistema familiar, sendo necessário preservar a individualidade dos membros e concomitantemente, o sentimento coletivo; os estados afetivos interferem na cognição, mutuamente, embora sejam de natureza distinta e indissociáveis; dessa forma o aprendizado gerado em qualquer situação por vivências, embora não se possa prever externamente situações de risco, confronta em relação aos riscos sociais, como os fatos sociais são passíveis de coerção social e assim, a interação social pelo aprendizado afetivo gera mudanças de cenário a nível individual e coletivo na sociedade aonde haja risco de haver inconsciência social e medo individual.

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