O presente artigo é pautado em uma análise fílmica correlacionando-o com a teoria sistêmica onde serão abordados eventos conflituosos que ocorrem no seio familiar quando um divórcio se instala e concretiza-se. Levando em conta a dinâmica das famílias de ambas as partes em relação ao filho (a) do casal. Serão analisados (no caso de divórcio do filme: A separação) o fluxo e intensidade de sentimentos exalados pelos envolvidos, sendo o divórcio, um evento muitas vezes imprevisível para a família e o filho do casal, causando assim desequilíbrios na organização estabelecida anterior à decisão de separação, havendo mudança de papéis, posicionamentos e responsabilidades frente à criança. Visa-se observar os possíveis impactos na criança em linhas emocionais/afetivas frente à separação dos pais e como estes impactos repercutem no filho do casal. A proposta é estudar como as divergências familiares interferem na vida do infanto-juvenil, levando em conta o momento de desenvolvimento ao qual este se encontra até sua vida adulta, pensando em seu bem estar em diversos ambientes de sua vida e saúde relacional com esses pais separados conjugalmente e em processo de (re)organização no funcionamento entre os pais para com a criança. Nos parâmetros da teoria sistêmica leva-se em conta a importância da presença de ambos os pais na vida da criança no intuito deste último desenvolver-se de forma saudável e ter estas duas figuras de apego como referenciais na sua estrutura como pessoa em um processo contínuo de desenvolvimento e assim evitar possíveis lesões emocionais/afetivas ou as acentuações destas últimas, sendo em muitos casos inevitável a criança não sofrer de forma substancial.

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