Este estudo propõe uma leitura da sociedade contemporânea, a qual é permeada por um cenário de desvalorização da dor psíquica. Vive-se em um momento histórico, no qual não se pode perder tempo com um sofrimento, na medida em que há uma exigência sociocultural de que o sujeito precisa ser constantemente feliz. Nesse sentido, percebe-se uma patologização do sofrimento cotidiano, o qual é classificado como transtorno e combatido por meio de medicamentos e protocolos. A partir da impossibilidade de vivenciar a angústia, denuncia-se a urgência de problematizar a leitura patológica da dor psíquica na contemporaneidade, bem como resgatar a subjetividade de uma história. Dessa forma, apresenta-se a Psicanálise como proposta teórica e perspectiva técnica que se mantém vigente e pertinente, apesar do tempo que passou, na medida em que garante espaço e voz ao sujeito.

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