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Mulheres com medo de dirigir: um olhar além das aparências

2014
adri.mklein@hotmail.com
*Estudante do Curso de Psicologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina - Campus São Miguel do Oeste. **Orientadora. Psicóloga. Professora do Curso de Psicologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC. Especialista em Educação pela UNOESC (Brasil)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Psicólogo no Curso de Psicologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC Campus São Miguel do Oeste (Brasil)

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Mulheres com medo de dirigir: um olhar além das aparências

Apesar de os homens sofrerem mais acidentes automobilísticos fatais, são as mulheres que mais frequentemente apresentam medo de dirigir. Mesmo cientes da praticidade do automóvel no seu dia-a-dia, e apesar de sentirem grande necessidade e vontade de dirigir, para muitas mulheres o ato desperta verdadeiro pavor ao se imaginarem ao volante de um veículo. Sendo assim, esta pesquisa teve por objetivo conhecer e analisar os fatores que influenciam mulheres que já obtiveram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a apresentar medo de dirigir, mesmo quando não passaram por nenhuma experiência traumática no trânsito. Para tanto, foi realizada uma entrevista semiestruturada com quatro mulheres com idades entre 23 e 59 anos e que não dirigem por afirmarem sentir medo. O método usado para a interpretação dos dados foi a análise de conteúdo de Bardin. Os resultados apontam que o medo de dirigir não se relaciona diretamente com o carro-objeto, mas com situações que vão para além dele e englobam um perfil psicológico específico e uma construção histórica de vida que envolve crenças centrais de desamparo e a consequente autopercepção de incapacidade, que as leva à acomodação. Há ainda uma visão distorcida do carro que é compreendido como algo excessivamente perigoso, ameaçador e suscetível a causar tragédias. Assim, constata-se que há significados psicossociais que perpassam o medo de dirigir, por isso a necessidade de ampliar a compreensão deste e de seu tratamento, que na maioria das vezes ainda encontra na Fobia Específica seu único diagnóstico.

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