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Será que tem valorizado a sua autoestima?! Análise para nós Mulheres…

2017
andradesofia958@gmail.com
Mestre em Psicologia Clínica e de Aconselhamento. Formadora certificada pelo IEFP
Publicado no Psicologia.pt a: 2017-07-23

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Será que tem valorizado a sua autoestima?! Análise para nós Mulheres…

Este artigo tem como objetivo, mencionar a necessidade de se valorizar a autoestima, como forma de fazer refletir sobre o conceito que forma de si mesmo e permitir descobrir a mulher maravilha que é.

O cuidar da auto-estima é um elemento essencial na condição de qualquer mulher, como processo de avaliação que faz das suas qualidades, desempenhos, virtudes ou valor moral. Podemos afirmar que a auto-estima é o produto dos julgamentos que a pessoa faz acerca de si próprio, considerando aspetos relevantes da sua identidade, cujas características encontram-se associadas a fenómenos de compensação ou de descompensação emocional.

De acordo com a prática clínica, observa-se que pessoas com autoestima baixa geralmente têm dificuldades em gerir o seu tempo, apresentando níveis elevados de stress, que leva a descompensar com mais facilidade do que as que têm uma auto-estima alta e que dedicam parte do seu tempo em atividades de lazer. Digamos que é preciso dar especial atenção a este constructo.

O sucesso na vida passa por se ter a perceção do que somos e do conceito que faz acerca de si mesmo, permitindo descrever, explicar e predizer o comportamento humano e como se considera a si próprio. O estabelecer prioridades e objetivos faz parte da evolução do ser humano, Gerir adequadamente o tempo e dar valor ao que considera relevante e significativo para si.

Resolver, em primeiro lugar, o que for urgente, em seguida, o prioritário. O que puder delegar faça-o, caso contrário, pode esperar e fazer no dia a seguir. Separe o essencial do acessório e exclua situações que não são prioritárias, fazendo uma planificação adequada do tempo e dedicando aquele especial momento só para si.    

É importante que a mulher perceba e assuma o seu papel na sociedade, na construção efetiva de um futuro com afirmação e respeito pela sua condição humana. Independentemente do estatuto social que tenha, importa reafirmar competências e assumir a liderança, quer em público quer em privado, ou no meio social ou laboral, com o objetivo de formar e construir a sua identidade.

Por vezes, deixa-se de cultivar a autoestima, de ter tempo para fazer algo que se deseja e desfrutar desse sentimento, nomeadamente: ir ao cabeleireiro, ler um livro preferido, fazer uma caminhada, ou talvez usar aquele batom vermelho, que há muito deseja ousar experimentar mas que ainda não se atreveu a fazer. Será pelo “medo” em assumir a sua identidade pessoal?! Ou talvez pelo preconceito que a limita a rótulos estereotipados?

Levanto agora a questão a nós, mulheres, para pensar e refletir sobre a vida, trazendo à luz do consciente determinação e coragem para fazer o que gostaria e eliminar conceitos estereotipados que comprometem e corrompem a felicidade e limitam uma atitude positiva na vida. Como já dizia o poeta, “é preciso amar a si mesmo e ensinar os outros a nos amarem”!

Por isso, faço um convite à reflexão… Será que tem dado a importância devida a si mesma? Será que tem respeitado limites? Tem tido momentos só para si? Levanto aqui algumas questões que deve refletir…e analisar com a máxima apreciação e respeito pela sua condição humana.

O conselho que se transmite é que precisa aprender a se valorizar como pessoa, não como condição feminista, ou apenas de jovens, mas como dever e/ou obrigação extensiva a todas as mulheres, quer sejam casadas, solteiras, ou divorciadas. Essencialmente, procurar amar-se e gostar de ser mulher. Deixo aqui um desafio: seja uma mulher, que goste de ser mulher e valorize o seu espelho, porque os outros também se espelham em nós!

Portanto, cuide-se, faça o que gosta. A sua saúde mental agradece e as pessoas com as quais convive também, nomeadamente a sua família. Acima de tudo, seja feliz!

Be happy every day and at every moment!

Sofia Andrade

Sofia Alexandra de Jesus Andrade é psicóloga, especialista em Psicologia Clínica e de Aconselhamento. É Membro da Ordem dos Psicólogos Portugueses, e Membro Associado do MDM. É também membro de uma IPSS em Lisboa. É licenciada em Psicologia e Mestre em Psicologia Clínica e de Aconselhamento pela Universidade Autónoma de Lisboa, tendo realizado um mestrado via profissionalizante na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do Seixal, onde adquiriu competências pessoais e sociais com crianças e jovens em risco, onde atualmente trabalha. Realizou também um estágio de Licenciatura no Gabinete de Saúde Ocupacional da Câmara Municipal do Seixal, tendo desenvolvido um estudo sobre o levantamento do Absentismo Prolongado dos trabalhadores, bem como consultas de desabituação tabágica. Para além de ser formadora certificada pelo IEFP, e apoiar várias causas sociais, é participante ativa em causas voluntárias. Atualmente dedica-se também à escrita sendo autora do livro intitulado: “Crianças e Jovens em Perigo. Estudo de Casos Clínicos. 2.ª edição”, pelas Edições Vieira da Silva.

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