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A hipnose clínica na prevenção e reabilitação da vítima de AVC

2014
hipnoglobal@gmail.com
Licenciada em Gestão de Recursos Humanos e Organização Estratégica pelo ISLA, Lisboa. Trainer de Hipnose Clinica na Asociación Internacional de Hipnosis Clínica y Experimental. Certificação do London College Of Clinical Hynosis e Certificação Avançada, pelo Instituto Brasileiro de Hipnologia. Certificada Internacionalmente pela International Coaching Community e Practicioner de PNL, reconhecida NLPU University.

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A hipnose clínica na prevenção e reabilitação da vítima de AVC

 

O estilo de vida é um factor determinante para a promoção de um AVC. Se vivermos em constante ansiedade e inibirmos os momentos de relaxamento, tanto fisico, como mental podemos (a médio e longo prazo) estar a promover um AVC.

Sendo um estado natural de consciência alterado - diferente do estado de vigília - promovido por um estado de foco e concentração muito grande, que leva o indivíduo a dissociar corpo e mente, a hipnose vai permitir o relaxamento mental necessário para diminuir a ansiedade e, deste modo, prevenir o aparecimento de um AVC.

No entanto, a hipnose clínica funciona, igualmente, como terapia para a recuperação física e motivacional da vítima de AVC. Por meio da heterossugestão, o paciente entra num estado de transe, a mente inconsciente eleva-se, gerindo e assimilando cada sugestão ou auto-sugestão, sem as limitações físicas e temporais pré concebidas ou críticas da mente racional e dedutiva, permitindo-o relaxar os membros atrofiados e trabalhar a recuperação física sem dores musculares, sendo assim possível estimular a amplitude e o tônus muscular.

Como tal, é recomendado o recurso à hipnose em simultâneo com as sessões de fisioterapia, terapia da fala ou outras terapias prescritas. O hipnólogo pode, inclusivamente, deslocar-se ao centro de fisioterapia para induzir o paciente, de forma a poder fazer os exercícios sem dor ou ainda, “gravar” um comando no cérebro do paciente para que, quando ouça as indicações do seu fisioterapeuta, todo o corpo fique relaxado e sem dor, como quando o faz com hipnose.

Através de auto-hipnose, o paciente aprende ainda a entrar em transe e a criar o seu próprio relaxamento. A sua mente, ao estar tranquila, permitir-lhe-á pensar com mais assertividade e diminuir a ansiedade, condição essencial para que consiga controlar melhor a forma como se vê no mundo que o rodeia, reintegrando-se na sociedade com mais facilidade.

Esta terapia não interfere com a medicação, pelo contrário. Proporciona uma reabilitação mais rápida e duradoura, activando os efeitos positivos da medicação e anulando os efeitos secundários. Igualmente, ao promover uma maior motivação para ultrapassar os desafios inerentes à condição do paciente, reduz o risco de depressão proveniente da sensação de dependência das outras pessoas. 

Finalmente, sendo vital que o paciente usufrua do maior número de horas possível de terapia - e para que não esteja dependente da disponibilidade do terapeuta - é dada, ao cuidador, formação básica em hipnose.

 

Cristina Infante Borges

Cristina Infante Borges é licenciada em Gestão de Recursos Humanos e Organização Estratégica pelo ISLA, Lisboa, e Master e Doctorado em Hipnose Clinica pela Asociación Internacional de Hipnosis Clínica y Experimental. Possui também a Certificação do London College Of Clinical Hynosis e Certificação Avançada em Hipnose Clínica, pelo Instituto Brasileiro de Hipnologia. Está igualmente certificada internacionalmente pela International Coaching Community e Practicioner de PNL, reconhecida NLPU University.

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