PUB


 

 

Fontes da libido (energia psíquica)

2008
carolina_careta@hotmail.com
Psicóloga clínica e escritora.

A- A A+
Fontes da libido (energia psíquica)

Já é de caráter científico, que o homem é uma fonte de energias, e que através dela podemos sustentar nosso equilíbrio físico, mental e psicológico.

Um ser humano em desequilíbrio, movido por preocupações, nervosismos, impaciências, stress,etc. Onde não há uma “brecha” para seu corpo e sua mente, posteriormente acarretarão somatizações e ocasionarão os distúrbios do sono e digestivos, enxaquecas, ansiedades, síndrome do pânico ou em graus mais elevados como a úlcera, câncer, manchas no corpo, artrites, etc.

A isso damos o nome de doenças psicossomáticas, pois são problemas psicológicos que se tornam físicos. Quando é chegado nesse grau que realmente é compreendido o poder do psicológico diante do corpo, da energia contida em cada um, e que se desequilibrada podem gerar enormes problemas.

Outra fonte de energia, como a psíquica ou também chamada de libido (são sinônimos), foi muito discutida e estudada por pesquisadores, pois era causadora de transtornos psicológicos e posteriormente físicos como mencionados acima.

Se não é encontrado um valor (intensidade) psíquico que seja substituído por outro, como por exemplo: o interesse por algo que não encontra oportunidade de adquirir ou fazer, essa energia que alimenta esse interesse tomará outros caminhos, podendo transformar-se em manifestações somáticas. Reativando conteúdos adormecidos no inconsciente, construindo enigmáticos sintomas neuróticos.

Duas importantes teorias que interpretam a libido, é mencionada por Jung e Freud, onde por mais uma vez se contradizem.

A maioria das pessoas interligam a libido com o sexual-erótico, como a origem do prazer e as zonas erógenas do corpo e a isso se deve a Freud, que de acordo com suas pesquisas dividiu-a em algumas fases.

A primeira é a fase oral, ou fase da libido oral, quando o desejo e o prazer localizam-se primordialmente na boca e na ingestão de alimentos e o seio materno, a mamadeira, a chupeta, os dedos são objetos do prazer;

A segunda é a fase anal ou hedonismo anal, quando o desejo e o prazer localizara-se primordialmente nas exercesse e as fezes, brincar com massas e com tintas, amassar barro ou argila, comer coisas cremosas, sujar-se são os objetos do prazer;

A terceira é a fase genital ou fase fálica: quando o desejo e o prazer localiza-se primordialmente nos órgãos genitais e nas partes do corpo que excitam tais órgãos. Nessa fase, para os meninos, a mãe é o objeto do desejo e do prazer; para as meninas, o pai.

Já Jung, acreditava na libido como geradora de energia vital, um conceito abstrato de relações de movimento, algo inapreensível e comparável a energia física.

Ele deu um importante exemplo: “ Do mesmo modo que não ocorreria ao físico moderno derivar todas as forças, como por exemplo somente o calor, também o psicólogo deve preservar-se de englobar todos os instintos no conceito de sexualidade”.

Ele vê a psique como um incessante dinamismo, onde correntes de energia cruzam-se continuamente. Tensões diferentes, pólos opostos, correntes em progressão e regressão entretêm movimentos constantes.

Nise da Silveira faz uma descrição da libido: “Libido é apetite, é instinto permanente de vida que se manifesta pela fome, sede, sexualidade, agressividade, necessidades e interesses diversos. Tudo isso está compreendido no conceito de libido. A idéia Junguiana de libido aproxima-se bastante da concepção de vontade, segundo Schopenhauer.

É visível a diferença nas idéias de ambos os estudiosos. O conceito de sexualidade de Freud diferindo da visão de Jung, que seria muito limitado diante da energia instintiva e diversificada da libido.

Cada ser humano é único e atualmente conta com a imensa liberdade de expressão e escolhas. Dessa forma, cada um segue a linha de raciocínio que mais acha exata e compraz de acordo com suas experiências e observações. Isso acontece devido a ciência jamais poder pré estabelecer com exatidão esse ou aquele experimento, por mais que saibamos que é correto e verdadeiro. Por isso é denominada “teoria” qualquer estudo e linha de raciocínio que mais se aproxima do resultado esperado, do contrário não é considerado ciência e sim algo relacionado com crenças por exemplo.