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Motivação, uma necessidade intrínseca do ser humano…

2017
andradesofia958@gmail.com
Mestre em Psicologia Clínica e de Aconselhamento. Formadora certificada pelo IEFP.

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Motivação, uma necessidade intrínseca do ser humano…

Como se explica o comportamento motivacional? O comportamento motivacional é explicado pelas necessidades humanas, em que o resultado dos estímulos que agem sobre os indivíduos leva à ação. Para que haja ação ou reação é preciso que um estímulo seja implementado, resultante do exterior ou proveniente do próprio organismo, designando-se por ciclo motivacional.

A não realização do ciclo motivacional dá origem à frustração do indivíduo, assumindo atitudes como comportamento ilógico ou sem normalidade, agressividade pela insatisfação contida, nervosismo, insónias, distúrbios digestivos, falta de interesse pelas tarefas ou objetivos, passividade, pessimismo, resistência às modificações, insegurança, não colaboração, etc.

O facto de a necessidade não ser satisfeita não significa que o indivíduo ficará eternamente frustrado, uma vez que a necessidade será transferida ou compensada. Daí a motivação ser um estado cíclico e constante na vida pessoal.

A teoria de Maslow é uma das mais importantes teorias da motivação, defendendo que as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, a uma escala de valores. No momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra, exigindo que as pessoas procurem meios para satisfazê-la.

Maslow foi um psicólogo americano conhecido pela proposta da hierarquia das necessidades, referindo que as necessidades humanas estão organizadas em níveis, numa hierarquia de importância e de influência, numa pirâmide. Na base dessa pirâmide encontramos as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas), e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto-realização), tal como apresentado na figura ilustrada. A partir dessas necessidades, Maslow procurou compreender e explicar as ações e o comportamento humano.

 

 

 

De acordo com o autor, as necessidades fisiológicas constituem a sobrevivência do indivíduo, sendo exemplos a alimentação, o sono, o repouso, o abrigo. As necessidades de segurança constituem a busca de proteção contra o perigo. As necessidades sociais incluem a necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afecto e amor. A necessidade de estima abrange a autoapreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social, de respeito, de status, prestígio e consideração, confiança perante o mundo, independência e autonomia. A necessidade de autorrealização tem a ver com a necessidade do indivíduo em realizar o seu potencial e auto desenvolver-se.

Pode-se afirmar que enquanto o indivíduo não compensar a sua motivação intrínseca/extrínseca, não se vai sentir realizado, dando origem à insatisfação. Uma vez saciada a sua necessidade, surge logo outra no seu lugar para compensar, dando origem ao ciclo motivacional.

Neste sentido, a motivação tem um efeito bastante positivo sobre as teorias motivacionais. Os indivíduos estão num processo de desenvolvimento contínuo, e tendem a evoluir ao longo das necessidades, satisfazendo uma após a outra seguidamente, de forma constante em busca de autorrealização.

Para concluir, podemos afirmar que algumas necessidades humanas se dispõem acima de outras, numa certa escala de predominância. Uma necessidade ou um grupo de necessidades podem ser predominantes em relação aos motivos de um indivíduo, dependendo essa superioridade principalmente de fatores como a personalidade, a idade e o meio social envolvente.

Julgamos que será importante o indivíduo ter um comportamento motivador, fazendo uma planificação e um registo diário das suas prioridades motivacionais, das que realizou e das que tenciona realizar, com objetivos precisos a atingir. Acima de tudo, aprenda a motivar-se e acredite em si!

Learn to live and be happy!

 

Sofia Andrade

Sofia Alexandra de Jesus Andrade é psicóloga, especialista em Psicologia Clínica e de Aconselhamento. É Membro da Ordem dos Psicólogos Portugueses, e Membro Associado do MDM. É também membro de uma IPSS em Lisboa. É licenciada em Psicologia e Mestre em Psicologia Clínica e de Aconselhamento pela Universidade Autónoma de Lisboa, tendo realizado um mestrado via profissionalizante na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do Seixal, onde adquiriu competências pessoais e sociais com crianças e jovens em risco, onde atualmente trabalha. Realizou também um estágio de Licenciatura no Gabinete de Saúde Ocupacional da Câmara Municipal do Seixal, tendo desenvolvido um estudo sobre o levantamento do Absentismo Prolongado dos trabalhadores, bem como consultas de desabituação tabágica. Para além de ser formadora certificada pelo IEFP, e apoiar várias causas sociais, é participante ativa em causas voluntárias. Atualmente dedica-se também à escrita sendo autora do livro intitulado: “Crianças e Jovens em Perigo. Estudo de Casos Clínicos. 2.ª edição”, pelas Edições Vieira da Silva.

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