O lugar das coisas
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Psicólogo clínico (ACES do Cávado I – Centro de Saúde de Braga, Portugal)
O lugar das coisas … é o lugar do ORGASMO TORRENCIAL.
O lugar das coisas é um lugar.
Um lugar de dimensões psicológicas e … outras.
Um lugar multi-dimensional e ocupável.
O sítio das coisas é o múltiplo sítio das coisas.
O sítio das coisas é o lugar da palavra, a de honra.
O lugar das coisas é um percurso dinâmico sem minutas ou planos pré-estabelecidos.
O sítio das coisas é o sítio da Justiça, da Liberdade, da Igualdade.
É onde é verdade.
É onde está o Amor, a Paixão, o justo Direito e a Felicidade.
É onde o Prazer se conjuga com o desprazer, conhecendo-o e evitando-o.
É o lugar onde a lógica não está reduzida à incompletude sócio-institucional.
Num lugar seguro a suspeita de insegurança é martirizada pela coerência da partilha, da comunhão, da razão e do sentimento.
É o lugar onde se integra.
É o lugar da iluminação das proprioceptividades.
É um império das egossintonias, das territorialidades e das dimensionalidades.
Num ambiente psicossocial sintónico e seguro estão as pessoas prenhes de bem e de sanidade.
Num sítio seguro, a suspeita de insegurança é, naturalmente, exterminada pela lógica dos sentidos e pela nobre honra do carácter são.
O sítio das coisas é onde elas são precisas e têm útil e justa serventia.
A sã posição das coisas é onde o necessário se confunde com a vontade e o desejo.
O lugar das coisas é onde a liberdade massacra e extermina o tirano e a tirania, por esquecimento.
É onde há solução.
O lugar das coisas é onde a igualdade destrói a corrupção, as doenças do feitio e as canalizações que ligam o intestino grosso ao cérebro.
É onde as pluralidades denunciam os pérfidos e intencionais logros …
… é onde existem competências e lógicas associativas …
… é onde a justiça elimina o medo e a vilania …
… é onde está o tesão maior e o conhecimento …
… é onde as pluralidades não são doenças …
O lugar das coisas é onde elas devem estar, no íntegro cumprimento do DEVER, em verbo, em verso e em significado …
… é onde há GENTE …
… é onde a intimidade não teme nem faz temer …
... é onde está a pureza, a cristalinidade e a transparência …
… é onde as defesas não comandam as essências …
… é onde há vida e glorificação …
… é onde há base, sustentação e sustentabilidade …
O sítio das coisas é onde a estética se esmera em plurais …
… é onde as consciências olham os prazeres das diversidades …
… é onde habita a espontaneidade, o respeito, a estima e a admiração …
… é onde a naturalidade não é feita réu …
… é onde se castra a inveja, o rancor e a frustração … ocupantes de espaço …
… é onde o encaixe não é surpresa …
O lugar das coisas é onde a paz, harmonia e serenidade se plantam …
… é onde há beleza e sorrisos de perfeição …
… é onde há gosto, inovação e descontração pela sanidade …
… é onde está o belo e o criativo …
… é onde tudo faz puro sentido, é gostoso e nada fere …
… é onde há a pureza da autoridade, ordem, partilha e ética …
… é onde a ética se acaricia na estética …
… é o local de justo e são alívios …
O lugar das coisas NÃO é uma voz amordaçada, agoniada ou sufocada.
O lugar das coisas NÃO é a dor, a cronicidade ou a soberba.
O lugar das coisas NÃO é o neuroticismo social e institucional.
O lugar das coisas NÃO é o lugar da conveniência da castração psicológica.
O lugar das coisas NÃO está agarrado às banais e insanas doutrinas.
O lugar das coisas NÃO são vidas embotadas, recalcadas e sem lugar.
O lugar das coisas NÃO é o lugar onde se dita o que sentir.
O lugar das coisas NÃO é o lugar das coisas perdidas, um sítio colapsado, um des-lugar.
Onde há GENTE … há LUGAR.
Onde há GENTE … há VONTADES e DESEJOS.
Onde há GENTE … há grandiosidade e verticalidade de carácter.
Onde há GENTE … não há mansidão, não há domesticação nem paz sujeita.
GENTE com sítio.
Sítio com GENTE.
GENTE com tudo no sítio.
O lugar das coisas é um lugar estrelado.
O lugar das coisas é um lugar onde se sente … e se sente, naturalmente, bem.
O lugar das coisas … é o lugar do ORGASMO TORRENCIAL.