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O poder da sugestão em doentes oncológicos

2014
hipnoglobal@gmail.com
Licenciada em Gestão de Recursos Humanos e Organização Estratégica pelo ISLA, Lisboa. Trainer de Hipnose Clinica na Asociación Internacional de Hipnosis Clínica y Experimental. Certificação do London College Of Clinical Hynosis e Certificação Avançada, pelo Instituto Brasileiro de Hipnologia. Certificada Internacionalmente pela International Coaching Community e Practicioner de PNL, reconhecida NLPU University.

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O poder da sugestão em doentes oncológicos

 

A hipnose clínica, técnica muito pouco conhecida em Portugal, assume um papel cada vez mais relevante na saúde mental e física de doentes oncológicos, com sindrome de Tourett, com fibromialgia, fobias, depressão infantil, sindrome de abandono, hiperactividade, défice de atenção, entre outras patologias.

São muito poucos os profissionais habilitados a exercer a profissão no nosso país e a falta de conhecimentos sobre o tema, muitas vezes confundido com as actuações de hipnotizadores em espectáculos, leva a que o número de portugueses a recorrer a esta terapia seja ainda reduzido.

Quando questionada sobre o que é hipnose clínica, Cristina Infante Borges, hipnóloga clínica, explica e esclarece que “a hipnose, por si mesma, não cura. A hipnose é  um estado natural de consciência alterado, diferente do estado de vigília, promovendo um estado de foco e concentração muito grande que levam o indivíduo a dissociar corpo e mente. Por meio da hetero-sugestão, o sujeito entra num estado de transe, a mente inconsciente eleva-se, gerindo e assimilando cada sugestão ou auto-sugestão, sem as limitações físicas e temporais pré concebidas ou críticas da mente racional e dedutiva, tornando o sujeito mais criativo, inovador e produtivo, a fim de gerar as alterações comportamentais ou fisiológicas necessárias para atingir um determinado objectivo.”

Em ambiente hospitalar a hipnose clínica é utilizada em Portugal, sobretudo para ajudar pacientes com dores crónicas. Existem países onde é, inclusivamente, solicitada a colaboração dos hipnologos clínicos para ajudar pacientes a sairem do estado de coma.

Cristina Infante Borges esclarece que “em doentes oncológicos a hipnose é realizada respeitando as indicações médicas e a medicação prescrita. A actuação do hipnologo clínico é acompanhada pelo médico, procedimento obrigatório.

A hipnose clínica parte do princípio que toda e qualquer doença é psicogeografada por uma fragilidade gerada por algum acontecimento traumático ou mal interpretado, sendo essa psicogeografização fisica que leva a que o sistema imunitário não detecte as células cancerígenas, não lançando o alerta, como acontece mais rapidamente numa situação viral.

A hipnose ajuda a pessoa a localizar a dor que inicialmente a fragilizou através de um processo de libertação da emoção traumática é então possível avançar para a “cura”.

O hipnólogo clínico dá sugestões para que todo e qualquer tratamento que o paciente realize seja encarado, não como evasivo para o organismo mas que os sinta como um “multivitaminado” poderoso que vai vitaminar e “curar”. Deste modo, o paciente recebe de forma saudável os tratamentos oncológicos, tendo uma recuperação mais rápida do que um paciente sem este apoio hipnótico.

O paciente com apoio através da hipnose faz a sua vida normal, não perde cabelo, não fica prostrado. Sabe e trabalha para a vida e vive mais. No mínimo tem uma esperança média de vida superior a dois anos, em relação ao que era esperado sem terapia”.

 

Cristina Infante Borges

Cristina Infante Borges é licenciada em Gestão de Recursos Humanos e Organização Estratégica pelo ISLA, Lisboa, e Master e Doctorado em Hipnose Clinica pela Asociación Internacional de Hipnosis Clínica y Experimental. Possui também a Certificação do London College Of Clinical Hynosis e Certificação Avançada em Hipnose Clínica, pelo Instituto Brasileiro de Hipnologia. Está igualmente certificada internacionalmente pela International Coaching Community e Practicioner de PNL, reconhecida NLPU University.

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