Nos últimos anos, o interesse crescente pelo fenómeno do abuso e da exploração sexual na infância, assim como pelas suas importantes repercussões individuais, sanitárias e sociais, possibilitou o aparecimento de um vasto número de investigações, que geraram conhecimentos ao ponto de ter sido criado um verdadeiro corpo de especialização sobre este tema.

Tal consciência reflectiu-se em publicações clínicas distintas que abordaram este tema segundo diferentes perspectivas.

A perturbação de stress pós-traumático, a personalidade múltipla, a personalidade borderline, os estados dissociativos, entre outros, são considerados como as consequências mais comuns entre as vítimas.

Se às dificuldades sentidas pela criança e adolescente no processo de crescimento (tanto no plano físico como no psicológico) se acrescem condições pouco favoráveis - traumáticas - que podem originar danos, vazio e imaturidade emocional, a compreensão exaustiva dos elementos relacionados com as mesmas podem possibilitar uma melhor relação e abordagem terapêutica com os clientes.