Nas últimas décadas recuperou-se o interesse pelo estudo da influência das emoções e comportamento no bem-estar físico. Os estudos mostram que o stress tem um impacto negativo sobre a saúde, já que diminui a competência imunológica do indivíduo submetido a situações stressantes. Não obstante, também foi possível constatar que as estratégias de coping podem regular ou mediar as ditas consequências negativas para a saúde.

O objectivo deste estudo consiste em analisar a possível relação entre as estratégias utilizadas por 120 estudantes universitários para lidar com a situação ou período de exames e os sintomas somáticos auto-avaliados.

Para tal, avaliaram-se as estratégias de coping utilizadas durante as semanas correspondentes à primeira época de exames de Fevereiro. Paralelamente, os estudantes auto-avaliaram os diferentes tipos de queixas e manifestações somáticas experimentadas durante este período e as duas semanas posteriores.

Os resultados obtidos são coincidentes com os dados de outros estudos, nos quais se observa que as estratégias de coping centradas no problema (coping activo da situação) estão relacionadas com um maior bem-estar físico. Pelo contrário, aqueles sujeitos que utilizam preferencialmente estratégias paliativas - como é o coping centrado nas emoções ou a fuga comportamental ou cognitiva - manifestam um maior mal-estar.