A partir de finais dos anos 70, o conceito de Apoio Social (AS) tem gerado uma abundante literatura científica.

Numerosos estudos verificaram que em populações distintas, e especialmente em idosos, o AS constitui um factor protector da saúde física e mental. Na Galiza, onde 18% da população tem mais de 65 anos, a organização dos serviços sanitários e sociais depende da mesma entidade. O AS foi avaliado no “Estudo Epidemiológico Comunitário de Saúde Mental em População Galega com mais de 60 anos”.

Objectivo:
Analisar a quantidade (rede social) e tipo (material, informativo e afectivo) de AS de que os idosos dispõem.

Métodos:
Correspondem a um estudo epidemiológico comunitário de dupla fase, transversal, numa amostra populacional.
A amostra, composta por 3580 sujeitos com mais de 60 anos, estratificada em função do género, idade, habitação e área sanitária, é representativa da população galega com mais de 60 anos (erro da amostra < 1,6% para um intervalo de confiança de 95,5%).
Os itens considerados para desenvolver vários índices de AS são: estado civil, número de pessoas na casa, número de amigos e um breve questionário para avaliar o tamanho da rede social e o seu conteúdo funcional em termos de apoio material, afectivo e informativo.

Resultados:
16% dos idosos vivem sozinhos, 9% não referem ter amigos, e 5% consideram que não existe nenhuma pessoa a quem possam pedir ajuda em caso de necessidade. 22%, 12% e 4% consideram o AS insuficiente a nível material, informativo e afectivo, respectivamente.
As suas expectativas de AS dirigem-se basicamente para a família e também para os amigos, ignorando os profissionais.

Conclusões:
Estes resultados demonstram a necessidade de se desenvolver na Galiza modelos de Intervenção Gerontológica de tipo Comunitário, congruentes com a idiossincrasia atitudinal e cultural do idoso galego.