Este artigo apresenta preocupações sobre alguns dos termos, espaços e linhas de reflexão para traçar os caminhos da compreensão da experiência pessoal e interpessoal de raparigas de grupos sociais com poucos recursos e de minorias étnicas que frequentam a escola pública. Voltamo-nos para pensar em torno das mudanças que afectam a escola e as comunidades, e para compreender as novas reconfigurações culturais que estão a envolver a escola em tempos de intensificação educacional; perceber os discursos públicos construídos e “narrativas sobrepostas” sobre os jovens; procurar os caminhos tanto no sentido da construção da democracia da escola e das comunidades, como da reprodução consumista. Por fim, discutimos o conceito de cultura no sentido de que inclua solidez e elasticidade para dar conta da complexidade das experiências e sentidos das jovens com quem realizamos a investigação.