Pretende-se com este artigo dar conta de alguns processos sociais que ocorrendo nos contextos da família e grupo de pares na escola intervêm na construção da masculinidade. Com base em entrevistas de grupo intra-e inter-género realizadas com jovens de idades compreendidas entre os 13-16 anos, residentes em diferentes meios sócio-culturais do distrito do Porto, procura-se, a partir da análise dos seus discursos, mostrar como o género é uma categoria relacional, internamente heterogénea e com isso perturbar a naturalização das relações de dominação e a dedução das práticas sociais de género como reflexo automático das representações sociais que lhes assistem.