Neste artigo descrevemos e discutimos uma experiência na qual trabalhamos, utilizando diferentes atividades lúdicas.A perspectiva teórica foi a da Nova Antropologia de Edgar Morin e a da Teoria do Vínculo e os Grupos Operativos de Pichón-Riviére. Levamos em conta dois fatores: o exercício do uso da palavra, como instrumento articulador do pensamento reflexivo, junto a experiência de usar o próprio corpo, recurso que cria novas possibilidades de comunicação. Estabelecemos como objetivo a constituição de um espaço para que o grupo pudesse exercer o mais livremente possível sua expressividade e, também, discutir suas potencialidades, recursos e limitações. Consideramos que a ética caminha aliada à atividade lúdica . A resistência à mudança foi um fator elaborado junto ao grupo. Os conceitos de clima grupal, cooperação, comunicação, pertinência, aprendizagem e pertenência formam um caminho dialético que o grupo percorre para resolver suas ansiedades básicas. Consideramos que há poderes de ordem sócio-político-culturais que exercem sua influência, submetendo e restringindo o movimento humano. Pudemos observar a espiral dialética experimentada pelo grupo, através da qual foi possível alcançar uma expressão mais autêntica e concomitante amadurecimento, o que abriu possibilidades para novas interações grupais.