O artigo pretende ser uma contribuição para as discussões sobre a interdisciplinaridade em Psicologia Ambiental e Geografia. Espera-se contribuir para o debate dentro do pressuposto de que a afinidade entre as duas áreas se tece quando se entende o espaço e o ambiente como atores sociais, isto é, eles não são neutros, mas atuam sobre as sociedades e os sujeitos que os produziram, construíram e organizaram. Vai-se trabalhar com os pressupostos de que as fronteiras entre as ciências são tênues e que, para ultrapassá-las, deve-se romper com a compartimentação e articular pensamento e práticas sobre a realidade de maneira interdisciplinar. Considera-se que as representações sociais permitem ultrapassar as fronteiras entre as duas ciências e desvendar complexas relações psíquicas e sociais, tendo como objeto empírico as periferias do Distrito Federal.