Este artigo procura analisar a problemática da agressividade em contexto escolar. Com efeito, o incremento destas situações tem vindo a aumentar a consternação de toda a comunidade escolar, sendo importante proceder a alguma clarificação sobre o tema.

Neste âmbito, salienta-se a falta de consenso entre autores pela multiplicidade de conceitos diferentes encontrados, todos procurando caracterizar uma mesma realidade. O conceito de agressividade pareceu ser o mais adequado e pertinente para orientar a consecução deste artigo, na medida em que surge, quer de forma explícita quer implícita, na definição dos demais conceitos. As definições encontradas são várias, dependendo dos modelos teóricos adoptados, entre as quais conta-se a de Abreu (1998) que aponta para a capacidade de provocar malefícios ou prejuízos, materiais ou morais, a outrem ou a si.

Assim sendo, este artigo procurar abordar os principais aspectos referentes às condutas agressivas, concedendo especial relevo à agressividade em contexto escolar, onde se impõem reflexões sobre o rendimento escolar, o próprio sistema educativo e o papel da escola na sociedade. De igual forma, ir-se-ão dissecar algumas das abordagens teóricas que surgiram na tentativa de explicar este fenómeno.

Saber como avaliar as condutas agressivas, discernindo o que é agressividade do que não é, impõe-se como um desafio actual. Só através da definição clara dos métodos de avaliação é que se torna possível incrementar a investigação científica, de forma a poderem realizar-se diagnósticos precisos das áreas de intervenção prementes. Intervir é essencial e urgente, sendo vários os autores que apontam estratégias de mudança, no entanto o conhecimento incipiente deste fenómeno impede qualquer tipo de actuação, servindo apenas para o acumular ineficaz de medidas (Costa & Vale, 1998).

Palavras-chave: Agressividade, Escola, Teorias, Factores, Avaliação, Intervenção.