Encarar o aluno como um mero agente passivo no processo de aprendizagem é algo que, cada vez mais, parece ser desajustado da realidade. São vários os investigadores que apontam para o facto dos sujeitos poderem regular a sua aprendizagem, perspectivando-se, assim, uma aprendizagem autónoma e auto-regulada, com indivíduos activos na adaptação às exigentes mutações societais. Neste artigo, após a caracterização dos aspectos fundamentais da aprendizagem auto-regulada, ir-se-ão abordar algumas abordagens teóricas que a procuraram analisar, nomeadamente, a comportamental (Mace, Belfiore & Shea, 1989), a fenomenológica (McCombs, 1989), a volitiva (Corno, 1989), a construtivista (Paris & Byrnes, 1989), a vygotskiana (Rohrkemper, 1989) e a sócio-cognitiva (Bandura, 1993; Schunk, 1990/1989; Zimmerman & Bandura, 1994). Apresentar-se-ão as características essenciais de cada uma destas perspectivas e, concomitantemente, procurar-se-á dar resposta a algumas questões chaves que dizem respeito à motivação, auto-consciência, processos e origem da auto-regulação (Zimmerman, 1989).