Encontrar uma definição de corpo para o homem sempre foi uma tarefa difícil, pois a percepção desta estrutura varia relativa e dependentemente de alguns fatores culturais, religiosos e educacionais (SILVA, 1998). Durante muitos anos a teoria dualista “mente-corpo” de Descartes via o homem através de uma concepção de corpo dicotomizado e mecânico, como um ser constituído por partes e não como uma unidade (ARANHA e MARTINS, 1986; SANTIM,1987). Segundo Merleau-Ponty (1994), essa posição norteou as investigações científicas até a ascensão de outras concepções como a fenomenologia, que concebe o homem na integralidade corpo/mente. Porém, independente da abordagem utilizada, o corpo tem sido estudado e analisado por diversas culturas, desde uma concepção cartesiana mecanicista (SILVA, 1998) até sob o ponto de vista global e integrado (KUNZ, 1994).