As restrições da actividade e participação de um indivíduo assumem-se, ao
longo do ciclo de vida do sistema familiar, como um elemento decisivo e
condicionador do desenvolvimento do processo de reabilitação profissional (Tuck,
1983 ; Kerosky, 1984; Power & Dell Orto, 1986).
Enquanto que a generalizável maioria dos técnicos de reabilitação são unânimes
em conceder ao sistema familiar um papel decisivo no âmbito da exploração dos
objectivos vocacionais, assiste-se contudo à inexistência de estratégias de
desconstrução e reconstrução de novos equilíbrios e papeis, conducentes ao
envolvimento activo da estrutura familiar no processo de reabilitação (Kneipp &
Bender, 1981 ; Power & Dell Orto, 1986).
Nesta perspectiva discute-se, num primeiro momento, os enfoques da intervenção
no domínio da avaliação da história e dinâmica familiar para, num segundo
momento, nos centrarmos ao nível do planeamento das intervenções vocacionais,
equacionadas na perspectiva do sistema familiar.