Nos últimos dez anos sintetizou-se uma grande quantidade de informação sobre as bases biológicas de diversas perturbações mentais. Os resultados mais consistentes derivam de estudos de pacientes diagnosticados de depressão major submetidos a diversos marcadores biológicos disponíveis. A maior dificuldade neste campo de investigação tem sido a selecção da amostra de pacientes, mais do que o desenho de metodologias de investigação específicas. Com efeito, a maioria dos exames neurobiológicos (por exemplo, neuroendócrinos, electroencefalográficos, entre outros) encontram-se disponíveis neste domínio de investigação. Algumas provas recentes elaboraram-se a partir do suposto mecanismo de acção dos antidepressivos no tecido cerebral. Actualmente, o substrato biológico de certas formas de depressão encontra-se sob confirmação mediante estudos de genética molecular e técnicas de neuroimagem.

Num primeiro momento, são analisados os diferentes referenciais teóricos que organizam o conhecimento actual sobre o funcionamento neuropsicológico e a depressão.

Num segundo momento procede-se à sistematização das perturbações da neurotransmissão.

Num terceiro momento, são analisados os aspectos neurobiológicos da psicoterapia, explicitando-se os diferentes modelos de intervenção psicológica e as diferenças na fisiologia cerebral.