O presente artigo trata da importância da angústia na dinâmica de constituição do psiquismo humano sob as perspectivas da teoria psicanalítica de Winnicott e pela concepção defendida pela fenomenologia existencial. O método de pesquisa utilizado foi o de uma revisão bibliográfica do tema escolhido, enfatizando a argumentação teórica através de uma leitura dos conceitos de ambiente de maturação, mãe suficientemente boa, integração e não-integração em Winnicott realizando, em paralelo, uma confrontação dialética com a lógica da angústia existencial encontrada principalmente na obra de Sartre. Partimos da premissa existencialista de Sartre, invocando a construção dual do Ser e o Nada como par complementar que se associam com vista a se tornarem unidade, combinado à angústia que se desvela desde o nascimento e que será motivo de estudo por parte de Winnicott que, traz à superfície, a fundamentação da importância do ambiente suficientemente bom para conter as “angústias impensáveis” e que o bebê vai ter que atravessar para se tornar Um.