Ao perspectivar o envelhecimento num duplo eixo histórico e geográfico-cultural, verifica-se que os idosos tanto têm sido venerados como detentores da sabedoria, como são despojados de todo o respeito e vistos como inúteis, como um peso para a família. Esta perspectiva moderna do idoso surge em virtude da moldagem dos valores familiares aos princípios consumistas da sociedade hodierna, moldagem essa que levou à quebra de laços intergeracionais e, consequentemente, a situações de exclusão social endógena e exogenamente criadas.Assim, pretende-se com este artigo construir um projecto de intervenção que promova um envelhecimento pautado pelo bem-estar psicossocial da pessoa idosa em geral, e particularmente daqueles com mobilidade reduzida, bem como dirimir situações de depressão causadas pelo isolamento inerente à exclusão social bem como a problemáticas de saúde inerentes à faixa etária visada, junto da população da freguesia de S. Jorge de Arroios, Lisboa.