No quotidiano da nossa actividade profissional, ao interagirmos tão de perto com os doentes e os seus familiares, vamo-nos apercebendo, ao longo do tempo, da sua dinâmica, das alterações de relação entre alguns dos seus subsistemas, e daí, em grande parte, do “afastamento” progressivo de que são alvo os doentes, por parte dos seus familiares directos. É esta a temática do nosso artigo: tentar compreender e perceber o porquê deste “afastamento”, e daí, num futuro tão próximo quanto possível, adoptarmos medidas para resolvermos ou minimizarmos este impacto negativo nestes doentes, os quais normalmente se encontram em situações one down, adoptando comportamentos agressivos e anti-sociais, o que atrasa a sua recuperação e, consequentemente, a sua reinserção familiar, e, em alguns casos, profissional.