Este trabalho teve como objetivo descrever e analisar representações sociais da loucura entre universitários dos cursos de Direito e Medicina, bem como entre psiquiatras e advogados criminalistas. Os discursos evidenciaram a dificuldade de conceituar a loucura. Exclusão social, estigma e predominância de fatores genéticos como causa da doença mental foram idéias amplamente representadas entre os profissionais. Na interface entre o conhecimento jurídico e médico, encontramos forte influência do saber psiquiátrico no julgamento sobre a loucura e diversos os fatores que conduzem à exclusão social e censura do louco. As representações acerca da periculosidade e inimputabilidade do doente mental enfatizaram a importância da compreensão sócio-histórica da loucura e a da multidisciplinaridade na abordagem do tema.