Desde tempos imemoriais, o Homem procura aliviar as suas dores, e foram vários os psicofármacos que atentaram nesse propósito. No presente trabalho, procuramos abarcar a importância e uso dos antidepressivos, benzodiazepinas, anticonvulsivantes, opióides e neurolépticos na gestão da dor, referindo o seu impacto em algumas perturbações com forte acção álgica. Contudo, devido à reduzida especificidade de acção dos fármacos e à falta de conhecimento dos seus mecanismos de acção, permanece-nos incógnito se o efeito dos psicofármacos se deve exclusivamente à redução da ansiedade que acompanha a dor ou, em parte, a qualidades analgésicas adicionais. Não obstante, a concomitância da sua acção com terapias psicológicas tem-se revelado como a terapêutica mais eficaz.