Actualmente, o abuso de bebidas alcoólicas constitui um problema de saúde pública, quer física, quer mental, sendo este problema exacerbado nos países produtores de álcool como é o caso de Portugal. Os seus efeitos nefastos são muitas vezes camuflados devido à permissividade do consumo e as crenças sociais e culturais a que o indivíduo é sujeito, o que faz com que se crie uma certa predisposição para não reconhecer o alcoolismo como uma problemática, sendo muitas vezes envolvido numa atmosfera de aceitação. Neste contexto, as expectativas prendem-se com as consequências/crenças positivas antecipadas resultantes da eventual ingestão de álcool. As expectativas operam como variáveis mediadoras, que possibilitam o estabelecimento da relação entre as influências sentidas e a decisão de beber. Assim, a ingestão de bebidas alcoólicas poderá funcionar como reforçadora de determinadas expectativas, que por sua vez, terão também um papel preponderante em futuras decisões de comportamentos alcoólicos.