O elevado aumento da população idosa tem contribuído para um interesse nesta temática. Envelhecimento não é sinónimo de detioração cognitiva. As pessoas idosas podem desenvolver e aumentar as suas funções cognitivas através da aplicação de Programas de Estimulação Cognitiva (PEC). O objectivo deste estudo é verificar o impacto do PEC no desempenho cognitivo e na sintomatologia depressiva de um grupo de idosos institucionalizados após 16 sessões de programa de estimulação cognitiva. A amostra é constituída por idosos da Casa de Repouso de Santa Bárbara. O grupo experimental é composto por 17 idosos com uma média de idades de 73.75 anos (DP=8.57) e o grupo controlo é formado por 20 idosos com uma média de idades de 76.38 anos (DP=8.53). A avaliação do PEC foi feita através da aplicação da Sub-Escala Cognitiva da Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer (ADAS-Cog) e da Escala de Depressão Geriátrica (GDS), em dois momentos de avaliação, no pré e no pós-teste. Os resultados desta investigação evidenciaram: (a) uma diferença estatisticamente significativa no desempenho cognitivo do grupo experimental do pré-teste (M=15, DP=3.16) para o pós-teste (M=10.15, DP=3.84) (t= -2.59, p ≤ 0.05); (b) uma diminuição estatisticamente significativa no desempenho cognitivo do grupo controlo do pré-teste (M=28.32, DP=5.60) para o pós-teste (M=12.32, DP=2.42) (t=6.4, p ≤ 0.05);(c) diferenças estatisticamente significativas no que se refere à sintomatologia depressiva no grupo experimental no pré teste (M=11.21; DP=6.02, p ≤ 0.05); para o pós teste (M=6.5; DP= 3.32, t= 10.21 p ≤ 0.05). Este estudo assegura a importância da implementação de PEC em idosos institucionalizados, de forma a trabalhar a prevenção de detioração cognitiva em idosos.