A ejaculação prematura é definida como sendo “a persistente ou recorrente ejaculação com estimulação sexual mínima, antes, durante ou logo após a penetração e antes que o sujeito o deseje, causando malestar acentuado ou dificuldades interpessoais” (APA, 2000, p.552). A presente investigação tem como objectivo perceber o quão a ejaculação prematura está inerente à idade, assim como o estado civil e as habilitações literárias se relacionam com esta. Ainda assim, pretendemos compreender em que medida esta disfunção afecta a atividade e a satisfação sexual, bem como o desenvolvimento de quadros psicopatológicos (ansiedade e depressão). Neste sentido, tentámos relacionar a ejaculação prematura com a idade, o estado civil, as habilitações literárias, a frequência da atividade sexual, o grau de satisfação sexual e a predisposição para desenvolver quadros de ansiedade e depressão. Para tal utilizamos uma amostra constituída por 142 homens, com idades compreendidas entre os 18 e 76 anos de idade. Esta amostra foi dividida em dois grupos, grupo com queixas de ejaculação prematura, constituído por 18 indivíduos e grupo sem queixas de ejaculação prematura representado por 116 sujeitos. De acordo com os resultados obtidos, concluímos que no que toca à idade, os sujeitos pertencentes ao grupo com queixas de EP apresentam uma média de idades inferior à do grupo sem queixas, no entanto esta diferença não foi significativa. Já em relação em estado civil, os resultados mostram que os sujeitos com queixas de EP são maioritariamente solteiros enquanto os sujeitos que não apresentam queixas são na sua maioria casados e esta disparidade mostra-se significativa. Quanto às habilitações literárias, os resultados não são significativos para os grupos. No que respeita à frequência da atividade sexual e ao grau de satisfação sexual, o grupo de homens sem queixas de ejaculação prematura apresenta uma frequência de atividade sexual significativamente superior ao grupo com queixas e o grau de satisfação sexual em sujeitos com queixas de EP é inferior ao grupo sem queixas de EP, sendo esta diferença bastante significativa. Relativamente ao quadro clínico (ansiedade e depressão) verificámos que não existem diferenças significativas.