O presente artigo visa refletir sobre uma atuação da psicologia no âmbito da Estratégia Saúde da Família. A atuação teve por objetivo identificar a forma como se desenvolvem as relações entre comunidade e serviço público de saúde, a partir dos sentidos construídos por moradores de bairros de um município de Santa Catarina- Brasil. Foram realizadas observações no território de ação, entrevistas abertas com doze atores sociais que moram ou trabalham nas comunidades em foco, bem como reuniões, tanto com a equipe de saúde quanto com os moradores. Como resultados, constatou-se uma avaliação negativa referente à articulação comunitária por parte da população; desesperança frente a melhorias da saúde pública; desconfiança nas ações políticas e busca pelo assistencialismo. Não obstante, foi avaliada positivamente a atuação dos agentes de saúde, sendo estes considerados os mediadores entre os serviços de saúde e as famílias.