O presente ensaio tem como objetivo questionar as perspectivas das pesquisas sobre a homossexualidade, mostrando as suas parcialidade e contradições em relação ao preconceito sexual. Embora a Associação Americana Psiquiátrica (APA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenham retirado à homossexualidade da categoria dos transtornos mentais, mesmo assim parece haver mais uma conformação com sua atenuação do que o propósito para sua extinção. Essa conduta é ainda mais contraditória quando se trata de ciência, a exemplo da psicologia, que reza pela aceitação incondicional do indivíduo, mas na sua atuação profissional admite o preconceito e cria mecanismos para lidar com sua interferência ao invés de focar na depuração do seu ranço preconceituoso. E por último, o senso comum que resiste ou pretere a retirada da homossexualidade da condição de doença, a favor de um livro religioso que clama pela condenação e morte dos homossexuais. Num mundo pós-moderno tolerante com as mudanças dos comportamentos sexuais heterossexuais, porém sem nenhum pudor atenta com a vida do outro, no caso o homossexual, e assim contraria o princípio de liberdade e amor ao próximo, uma vez que se apega de modo ferrenho a suposta aura sagrada dos milenares argumentos bíblicos, para manter e instigar o preconceito sexual.