As instituições de saúde do país rotineiramente atendem crianças e adolescentes vítimas de maus-tratos. Tornam-se uma das principais vias de identificação destes casos, desafiando as equipes multiprofissionais quanto ao seu manejo e possíveis encaminhamentos. O presente trabalho visa relacionar a literatura científica existente, à vivência do Serviço de Psicologia na unidade de internação pediátrica de um hospital de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Com este objetivo, realizou-se a revisão teórica sobre o tema, trazendo também dois relatos de forma a exemplificar como este fenômeno se apresenta no cotidiano hospitalar e possíveis formas de intervenção da psicologia junto à equipe multidisciplinar. Identificaram-se a necessidade de promover capacitações, espaços de escuta e debates multidisciplinares de forma a promover estratégias de enfrentamento, empoderamento destas equipes e maior assertividade para a intervenção nestes casos.