As causas da não aprendizagem têm despontado na lista dos principais problemas enfrentados pela escola da atualidade. Cada vez mais, um número significativo de crianças com dificuldades de aprendizagem são identificadas ainda na educação infantil; e se não houver uma intervenção eficaz, essas dificuldades se estenderão para o ensino fundamental, e, possivelmente por toda a vida estudantil da criança. Assim, esse estudo bibliográfico, de natureza qualitativa, objetiva analisar de que forma as dificuldades de aprendizagem que surgem na educação infantil podem contribuir para a construção do fracasso na vida escolar da criança, caso não haja uma intervenção eficiente. Toma-se por referência, a leitura de autores, como: Arranca (2007), Bossa (2000), Correia; Martins (2006), Fonseca (1995), Golbert (1985), Patto (1991), Porto (2007), Resende (2004), Smith; Strick (2001); e o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998). As analises revelam os muitos descompassos que pairam sob essa questão, como: a incompreensão por parte da família na aceitação das dificuldades de aprendizagem dos filhos; a falta de estrutura pedagógica que respeite os tempos e espaços de aprendizagem de cada criança; a busca pelos culpados da não aprendizagem; as ineficiências nos processos de formação de docentes para a educação infantil; entre outros. Assim, conclui-se que é necessária uma redimensão nos modos de pensar (teoria) e fazer (prática) o ensino escolar, por meio da adoção de um dialogo entre família e escola, como elementos estruturantes de uma educação democrática e inclusiva, que dar-se-á mediante um processo de formação autônoma e crítica dos sujeitos da aprendizagem.