O contexto social brasileiro é marcado por desigualdades de classe, gênero e etnia. O presente texto se caracteriza como um ensaio teórico interessado em apresentar e discutir a relação entre Masculinidades, Classe Social e Etnia e a proposta de atenção a saúde do homem elaborada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Atualmente as políticas de saúde apresentam considerável interesse compreender os determinantes sobre as condições de saúde da população masculina por indicadar maiores agravos de saúde e mortalidade. Nas últimas décadas a produção científica no campo da saúde coletiva tem debatido os determinantes culturais, sociais e psicológicos que coadunam para as piores condições de saúde nos homens. Entretanto poucos estudos se dedicam a uma análise complexa e transversal destes determinantes. Uma vez que diferentes fatores tenham sido articulados no sentido de mapear suas influências na saúde da população masculina, as políticas podem então viabilizar intervenções pontuais que partam das características de determinados seguimentos sociais e promover os princípios de equidade. Desta forma, não basta apenas conhecer os determinantes do gênero nas condições de saúde, mas devemos sobretudo articulá-lo a outras categorias de análise.