O presente artigo busca trazer, dentro de seus múltiplos assuntos, como a mímica pode ser uma ferramenta de releitura existencial, relacionada na busca da corporeidade. Para isso, foi realizada uma revisão da literatura, buscando articular os mais diversos assuntos como: avaliação histórica do corpo, de seu período relacionado a Grécia Antiga, ao período contemporâneo; o gesto como elemento intrínseco na construção da comunicação; história da mímica e do Teatro, dando destaque a alguns precursores da Mímica Contemporânea, em especial a Etienne Decroux, trazendo ainda esclarecimentos específicos a respeito do que ela é e algumas de suas características particulares, como a Mímica Objetiva e a Mímica Subjetiva; a relação da mímica e da expressividade corporal como elemento lúdico, criativo, relacionado ainda com as inteligências corporal-cinestésica, interpessoal, intrapessoal e emocional; o que é corporeidade e como corpo e mímica dialogam nesta busca. Através das pesquisas, foi então possível observar que, corpo e mímica tem entre si uma relação que favorece o entendimento da própria realidade, o funcionamento corporal, sensações, emoções, cultura e elementos simbólicos, o que favorece não só a corporeidade, mas, a depender de com a mímica é usada, também uma ressignificação existencial. Assim, a mímica por sua vez quando bem empregada pode, a sua maneira, favorecer uma multiplicidade de fatores significativos aos indivíduos participantes, levando muitas vezes, estes, a se surpreenderem com aquilo que o seu corpo pode lhe proporcionar, manifestar e reconfigurar.