Este trabalho objetiva discutir a experiência das mulheres que amam demais sob a ótica da teoria psicanalítica que aborda a compulsão e a dependência química, questionando os padrões de comportamento e a técnica do espelhamento utilizada nas reuniões do MADA. Essa experiência nos conduz a questionamentos e reflexões sobre nossa atuação prática enquanto psicólogos, no como e quanto podemos intervir na condução desses casos, considerando as subjetividades, levando essas pessoas a refletirem sobre seus padrões de comportamento, questioná-los e buscarem em co-construção psicoterapêutica uma ressignificação e uma reconstrução desses mesmos padrões, o que poderá levá-las a mudanças significativas em suas vidas. Desta forma buscamos discutir as possibilidades de mudanças subjetivas dessas mulheres, utilizando suas narrativas para reconstruírem suas histórias de vida.