O presente artigo teve por objetivo verificar se, para pessoas com idade de 20 a 45 anos e residentes em São Jorge D’ Oeste – PR, a interpretação dos sonhos contribui para a saúde psicológica e se há correlação entre a compreensão destes sujeitos e os resultados psicoterápicos da intervenção com interpretação de sonhos. A pesquisa que é aqui apresentada foi desenvolvida a partir da análise de nove prontuários de pacientes clínicos de psicoterapia, atendidos pela pesquisadora, e que haviam tido alta de seus acompanhamentos. Além disso, foi aplicado um questionário aberto, entre a população de São Jorge D’Oeste – PR, com faixa etária de 20 a 45 anos, tanto de contexto urbano quanto rural. Houve uma ampla divulgação da realização da pesquisa por meio de panfletos e anúncios na rádio local como convite à população para participar, no entanto, apenas 20 sujeitos se dispuseram a tal. Desta feita, embora composta de uma amostra não representativa em relação ao questionário, discute-se a respeito dos dados encontrados. O levantamento bibliográfico teve como enfoque teórico a abordagem Cognitivo-Comportamental, por se tratar da abordagem de formação da pesquisadora. Para análise de tratamento das respostas dos questionários, serviu-se da técnica de Análise de Conteúdo, na perspectiva de Bardin, por tratar-se de um método que envolve o tratamento da mensagem comunicativa, ser usual em pesquisas e, portanto, referendada. Com relação à análise dos prontuários, serviu-se da técnica de entrevista de Delaney, por tratar-se de método que envolve o tratamento dos conteúdos, conforme a abordagem Cognitivo-Comportamental, visando a explicitação de significados dos atendimentos. Os resultados revelam que, a população pesquisada considera relevante a interpretação dos sonhos em processos psicoterápicos e, nos acompanhamentos as intervenções psicoterápicas realizadas demonstram que compreender cientificamente os sonhos contribui para a saúde psicológica dos sujeitos. O cruzamento dos dados clínicos com as respostas do questionário com 20 sujeitos, confirmam as hipóteses em 98%, no entanto, pela amostra pequena entre a população dos questionários, não se pode fazer a generalização para a população que se pretendia estudar.