Este estudo teve como objetivo identificar, à partir de uma revisão bibliográfica e realização de uma pesquisa de campo, como a psicologia da saúde e hospitalar podem influenciar o processo de humanização da assistência às vítimas de acidentes, na tentativa de qualificar e melhorar os cuidados em saúde. A pesquisa realizada teve caráter transversal e abordagem qualitativa com uso de estudo de caso e entrevistas com dois profissionais do setor de urgência e emergência de um hospital geral da zona da mata de Minas Gerais, Brasil. Os dados coletados foram submetidos à e técnica de análise de conteúdo de Bardin (2010), os quais foram analisados em duas etapas, na primeira descreveu-se e contextualizou-se o local da pesquisa, e em seguida delineou-se quatro categorias de análise para melhor discussão dos resultados: (a) percepção do setor de atuação do profissional; (b) indicadores favoráveis e prejudiciais do processo de humanização; (c) humanização enquanto estratégia de assistência; (d) eficácia de assistência. Com isso, foi possível identificar que existem fatores convergentes e divergentes nos relatos dos profissionais que atuam no setor a respeito da temática do estudo. Porém, ambos demonstraram ter o objetivo de praticar e prestar à assistência humanizada, ainda que tenha sido identificada a falta de comunicação e a compreensão deficitária a respeito do processo saúde e doença, o que, por sua vez, dificulta a implementação das práticas humanizadas. Concluiu-se que é importante estabelecer maneiras de se conscientizar todos os envolvidos neste processo sobre a capacidade de humanizar, não somente os profissionais da psicologia e da saúde, mas também a família, com vistas a promover e efetivar qualidade de vida e bem-estar em saúde.