A morte faz parte de toda nossa existência humana, assim como parte essencial da nossa existência, é muito importante entendermos um pouco da sua concepção desde o período da Alta Idade Média, onde a morte era um acontecimento extremamente normal e comum vivenciado entre as pessoas, até na contemporaneidade, onde a mesma passa a ser negada, vista como um acontecimento muito distante onde não faz parte da realidade. O presente artigo tem como objetivo geral investigar sentimentos e percepções do paciente hospitalizado, quanto ao seu adoecimento e consciência de finitude, assim como refletir sobre os seus medos e angústias mais recorrentes, visando também a trazer a contribuição do Psicólogo Hospitalar. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e descritivo-explicativa, realizado no Hospital e Maternidade Jardins e Hospital São Carlos, ambos localizados no Estado de São Paulo, tendo a participação de dois pacientes portadores da doença crônica e um Psicólogo hospitalar. Como instrumento de coleta de dados foi realizado uma entrevista semi-estruturada, colhida por um gravador. Os dados foram analisados a partir de uma análise de conteúdo. Os resultados apontaram que lidar com o sentimento de morte, não é nada fácil quando a mesma não tem significação na vida, cabe ao profissional ajudar o paciente a enfrentar o adoecimento e o sofrimento dele decorrente. Eis aí, também, uma das funções da psicologia que ocupa os hospitais: a de não fingir que é possível driblar a morte, mas que pode colaborar para que ela seja encarada.