A Compulsão Alimentar é uma Perturbação do Comportamento Alimentar, conhecida por ser uma forma de compensação rápida e alívio de outros sintomas que não a fome. O indivíduo sente perda de controlo durante o episódio compulsivo ingerindo mais calorias do que o seu corpo consegue trabalhar e o peso aumenta, resultando num descontentamento com a sua imagem corporal, mas também com o seu auto-controlo. Daí advêm outras complicações cardiovasculares e respiratórias, mas também perturbações do foro psicológico como a Depressão, a Ansiedade ou o abuso de Substâncias. É considerada por isso uma doença psiquiátrica debilitante causada por um distúrbio nos hábitos alimentares ou no controlo da massa corporal que resulta em danos físicos ou psicossociais e que tem por isso mesmo vindo a ser objeto de estudo em todo o mundo, nomeadamente para se encontrarem as funções do cérebro e as questões comportamentais que estarão na origem desta Perturbação para que possam ser criados medicamentos e psicoterapias específicas. Foi com base neste objetivo que nos surgiu o empenho no acompanhamento psicoterapêutico e nutricional da Inês de 7 anos (nome fictício) cujos resultados são meritórios de partilha, face aos desígnios que promovem a manutenção da compulsão tendo sido o trabalho estendido à dinâmica familiar.