Neste artigo propõe-se abordar a elaboração da perda, refleti-la no contexto familiar através das relações e vínculos, com trocas de experiências como suporte para superar o sofrimento, uma vez que a perda pode ter afetado vários membros, esse processo pode acontecer de forma mútua e compartilhada. Constata-se que quando a perda acontece no seio familiar, convoca-se à elaboração para que possa retornar ao seu equilíbrio. Assim, serão necessários alguns rearranjos para construir possibilidades de reorganização futura. Neste processo, tem-se a comunicação como um instrumento facilitador, por permitir que falem sobre a perda de forma aberta, compartilhem seus sentimentos e medos com a oferta de suporte e acolhimento ao sofrimento. E apresentar para o profissional, formas de utilizar o espaço terapêutico para realizar atendimentos interventivos capazes de auxiliar a família no enfrentamento do luto, utilizando-se da potência clínica que há neste grupo. Para isso, foi necessário realizar pesquisas bibliográficas com o intuito de conhecer o luto, suas fases e perspectivas de elaboração, vislumbrando uma proposta e oferecer a quem desejar, outras possibilidades de passar por esta vivência, com alternativas de incluir os demais enlutados no processo terapêutico. Conclui-se aqui que a perda é sentida de forma única por cada membro do sistema, e assim a oferta de cuidado ocorre mutuamente, a partir de cada experiência vivenciada no luto. Para a elaboração acontecer de forma sadia, o núcleo familiar precisa reconhecer a existência da perda, além de flexibilizar a necessidade da construção de novos papeis e padrões de funcionamento, quando ocorrerá a elaboração.