Os contos de fadas são uma importante ferramenta simbólica no processo psicoterápico analítico. Partindo desta afirmativa, a presente reflexão objetivou fazer uma leitura simbólica do feminino nas mulheres contemporâneas, a partir do arquétipo anima/animus e dos contos de fadas como ferramenta de entrada ao inconsciente. A reflexão sobre o tema fundamentou-se nos conceitos apresentados pela psicologia analítica de Carl Gustav Jung, utilizando-se de uma pesquisa teórica, através da leitura de livros acadêmicos. Acredita-se que diante da necessidade atual, as mulheres integram o masculino com um meio para se manter em evidência nos novos papéis por elas desempenhados, este é um recurso disponível e um processo natural da busca do restabelecimento do equilíbrio psíquico. Contudo, quando a mulher não integra este masculino de maneira adequada, sufoca seu feminino, gerando conflitos a respeito de si mesma e no relacionamento com os outros, acarretando dificuldades de adaptação, esbarrando especialmente nos relacionamentos. Entrando em contato com os conteúdos inconscientes através da ferramenta simbólica que são os contos de fadas, abre-se a possibilidade de maturação das relações das mulheres com os outros e com elas mesmas.