Por longos anos o conceito de saúde foi caracterizado pela ausência de doença e o modelo biomédico preponderante. Hoje, no entanto, essa ideia fora superada por uma visão mais positiva, no qual, o processo saúde-doença é determinado por aspectos multifatoriais. A OMS (1946) passou admitir a saúde como o bem estar físico, psíquico, social e mais tarde também espiritual. A partir de então, novas estratégias de promoção e prevenção à saúde são consideradas numa perspectiva biopsicossocial. Adoecer é um evento não esperado muito menos desejado. O indivíduo adoentado está exposto a vulnerabilidades de natureza física, psicológica e social. Como se não bastasse à presença da patologia alguns ainda precisam ser hospitalizados. A hospitalização marca uma ruptura com o curso da vida, na qual, o indivíduo se vê fora de seu contexto familiar, submetido a uma nova rotina e a mercê de cuidados médicos e de enfermagem. O adoecimento e a modificação do cotidiano podem causar sofrimento psíquico e agravar o quadro clínico. Visando tais proposições e pautado em uma minuciosa revisão bibliográfica o texto pretende discorrer sobre a preparação psicológica para admissão hospitalar, quais seus benefícios e a importância do psicólogo nesse processo. Os resultados indicaram que a preparação psicológica é um modelo de intervenção cujos benefícios apontam a redução de efeitos adversos associados à hospitalização, aumenta os índices de adesão ao tratamento, elaboração de estratégias de enfrentamento mais eficientes e que é indispensável à presença do psicólogo para intermediar tais processos.